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Os mistérios maias estavam certos. Resta a você decidir de que lado ficar para dominar o mundo!
 
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 [APROVADA]Ficha de Bernardine

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Bernardine

Bernardine


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Data de inscrição : 30/09/2010

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[APROVADA]Ficha de Bernardine Empty
MensagemAssunto: [APROVADA]Ficha de Bernardine   [APROVADA]Ficha de Bernardine Icon_minitimeQui Set 30, 2010 10:17 pm

Nome do personagem: Verônica Calza
Organização: Ômega
Geração: Sexta Geração
Idade:150
Sexo: Feminino

História: A história de Bernardine em seu todo é desconhecida, isto é apenas uma parte dos registros achados

CAP 1 – CONSEQUENCIAS DE BRUXARIA

As filhas do rei se divertiam à beça naquele ritual. Claudine e Bernardine estavam seminuas dançando com a escrava, falando uma língua estranha que o bispo não conhecia. Sim, ele estava andando à cavalo naquela floresta escura afim de recolher fiéis em períodos turbulentos daquele reino. Não precisava de fiéis apenas para a Igreja Católica, mas também para arrecadar fundos e construir a igreja de Calaza. Com certeza seria a mais bela de todos os impérios. Esplendida, reluzente, erguida em nome de Deus e de seu representante na terra: Frederico III, o imperador. Como toda sociedade medieval, à base de feudos e tudo mais, todos acreditavam ou pelo menos fingiam acreditar que o monarca tinha direito a mandar pelo direito divino, não pela plebe ou qualquer outra pessoa. As decisões do rei eram absolutas. E uma de suas ideias foi mandar Samuel, o bispo, colher fiéis.

Mas naquele dia ocorrera que, para o infortúnio de todos, Minerva – nome dado à escrava – estava ensinando certos segredos às rebentas de Frederico. Segredos, obviamente, bastante ocultos. Rituais de seu país, sacrifícios que as condenariam à morte. Mas, ali, em meio ao tesão de dançar com as roupas íntimas e a felicidade mundana de fazer parte de um pacto, as irmãs tão amigas não ligavam para o que acontecia ao redor. Exceto quando o bispo deu um berro ao vê-las, raivoso. Não que sua raiva fosse notável, pois ele sempre mantinha uma cara de calmo. Porém, sua pele alva, ficava vermelha por qualquer coisa e ele começava a suar por meras surpresas. Mas esse não era um pequeno susto. Era uma bomba – se podemos assim dizer. Uma heresia. Uma tragédia.

A descoberta do bispo desencadeou uma série de fatos. E deu começo a queda do império de Calaza. E é essa a história que deve ser transmitida.

Samuel avançou com seu nobre cavalo baio em direção a clareira e com coices, derrubou e desconcentrou as mulheres, que dançavam e cantavam numa língua pagã desconhecida. As filhas do rei imediatamente coraram de vergonha: afinal, foram pegas cometendo um sacrilégio pelo bispo! A escrava, caíra, mas não aparentou vergonha. Era de fato, uma mulher estranha: alta, pele cor de canela, cabelos castanhos cacheados de fios quebrados e despenteados. E um olhar que só poderia ser descrito como congelante.

Como aquela mulher totalmente mal cuidada poderia estar no ciclo de amizades das princesas? Bernardine, a mais velha, era considerada uma das mais belas mulheres do reino: pele alva, cabelos longos e negros como o ébano, feições delicadas e perfeitas.O bispo não conteve o olhar, não conseguiu. Bernardine era ainda mais bonita seminua a luz da lua.
Claudine, já era diferente. Pele clara, mas não tão branca. Rosto infantil e cheio de sardas. Certa vivacidade em seus olhos azuis (fora a única filha que herdara as safiras da mãe). Seus cabelos negros batiam até as costelas. Tocava piano, harpa e violino.Falava nove línguas e conseguiu vencer todos os conselheiros do rei em partidas de xadrez, além de ter a fama de amazona e esgrimista.
O bispo desceu do cavalo, e pegou Bernadine pelos cabelos:
-Não tens vergonha pequena víbora?Tu és a mais velha, portanto sabes a mais tempo das conseqüências desta heresia!- e largou-a, deixando-a arfando. Foi em direção a Claudine – E tu, que se diz tão inteligente, já deverias saber que isso não é coisa com que se mete!
As princesas, assustadas, começaram a se vestir com seus vestidos de noite amarelo e azul, as cores de Calaza. Tremiam e choravam: sabiam que teriam punições terríveis, mas não tinham idéia do que lhes seria feito. O bispo Samuel seria mesmo capaz de culpar as herdeiras do trono, sendo ele a única testemunha?

A escrava, levantou-se, e começou a correr, tentando fugir. Mas logo Claudine colocou um dos pés a sua frente e a feiticeira caiu na lama, ficando encharcada.
-Tu não penses que vais escapar desta maneira após mandar o demônio nos possuir, sua escrava imunda!- a mais nova disse.
A mulher foi examinada pelo membro do clero da cabeça aos pés. Devia ser uma nova escrava, já que Samuel nunca havia a visto antes.
-Diga-me, qual é o seu nome, serva do demônio?- a mulher levantou a cabeça, encarando-o com aquele olhar gelado, que fez o bispo tremer na batina.
Bernardine tomou a palavra, com uma voz chorosa:
-Chama-se Minerva, caro bispo! Ela nos obrigou a fazer todo esse ritual pagão!
A escrava arreganhou os dentes afiados e careados:
-Já disse que o meu nome é Neferet!
Bernardine assustou-se com a visão e continuou suplicando:
-Observou, senhor bispo, que ela não deseja um nome cristão?
-Cale-se! Voltaremos todos ao castelo! E se alguma de vocês tentar fugir...Podem escolher: enforcamento, fogueira, ou dama de ferro?-as princesas continuaram chorando, mas a bruxa nada disse.
Samuel montou as princesas, já vestidas, em seu cavalo, e amarrou uma corda ao redor dos pulsos da escrava. Puxava o cavalo e a mulher. E seguiram até o castelo, silenciosos.

O castelo era uma estrutura notável, com torres, ameias e guardas. Flâmulas azuis e amarelas viviam hasteadas, mas, como o bispo notou, elas estavam pretas.
Os guardas do portão dos fundos estranharam a cena: o bispo puxando as princesas num cavalo e também uma escrava seminua, mas ainda assim, abriram o portão para o santo homem.
-O que aconteceu, nobres cavalheiros? Qual é o motivo das flâmulas negras? Algum nobre morreu?
Um dos guardas baixou a cabeça, pesaroso, e respondeu ao bispo:
-Pior vossa santidade! Nosso amado rei, Frederico III, acabou de padecer!
As duas filhas arregalaram os olhos. O furor se foi. Era realmente verdade a morte ou os soldados haviam sido possuídos pela injustiçada Neferet que os obrigou a mentir?


CAP 2- VÁRIAS DECISÕES. UMA FUGA

Após a série de olhares no portão do castelo, ocorreu uma série de insanidades por parte das irmãs. A escrava foi trancada no calabouço, o post mortem foi decretado.
Claudine ordenou em um documento oficial que todos os nobres do reino que estivessem presentes deveriam visitar o corpo.
Já Bernardine, com raiva da irmã, mandou que uma longa vigília fosse feita ao pai. No momento, a bela princesa estava completamente irritada: como sua irmã mais nova pode ordenar algo? Ela sequer era a mais velha, e a sucessão do trono nem fora definida. Ela não poderia simplesmente dar uma de rainha agora.
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A princesa mais velha tomou um longo e relaxante banho tentando esquecer aquela noite... As lágrimas se misturavam a água morna da banheira. Seu pai estava morto, e a culpa era de sua irmã. Tudo foi culpa dela.
Resolveu se vestir com o vestido mais estonteante que encontrou: preto, rendado, de gola alta. Ordenou para que uma ama fizesse uma trança em seus belos cabelos. E olhando para sua aparência no espelho, Bernardine sorriu: Claudine podia estar tomando atitudes de uma rainha, mas era ela quem possuía a beleza de uma.

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Claudine estava com seu vestido de luto cinza e simples, com um coque prendendo seus curtos cabelos. O vestido era novo, mas ela desejava não estar usando.Muito menos na vigília do corpo do pai. Claro, aquela ideia toda fora de Bernardine, a idiota!
O pequena capela do palácio de Calaza era ricamente decorada em mogno e em ouro. Era repleta de querubins e arcanjos, com um altar extremamente bonito, que havia sido encomendado por seu avô, Frederico Calza I, o Justo. Geralmente, a capelinha não se encontrava lotada: os horários dos nobres apenas coincidiam nas refeições. Mas naquele dia, estavam lá todos os duques, barões e condes juntos de suas esposas e filhos mais velhos.
Quando adentrou no salão, todos se curvaram, em respeito. Ela caminhou até a frente do altar, onde o caixão de madeira-nobre se encontrava. Ela se ajoelhou e deu uma última olhada no pai.A pele enrugada, o nariz altivo, a barba branca e bem cuidada...Lembranças sem fim em sua mente...
Mas logo sua reflexão fora interrompida: adentrando na capela, lá estava sua irmã Bernardine, estonteantemente bonita, de braços dados com seu irmão Tobias.
Todos pararam para olhar. Claudine sentia inveja: porque era sempre ofuscada pela beleza da irmã?
Quanto ao irmão, o dispensável se diz: aparência descuidada, tímido, sequer agüentando ser visto. Roupas puídas, mas lágrimas sinceras.
Os dois se ajoelharam em frente ao caixão, ao lado dela.
E velaram o pai.
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Naquela mesma noite, um mensageiro, por mais exausto que estivesse, foi incumbido de mandar uma mensagem do bispo Samuel. Uma mensagem urgente para o quarto sucessor direto da linhagem do trono.Galopava incessantemente até a província de Gaggiori, onde o mesmo era conde.
Era uma vila calma e pacata. O castelo era uma fortaleza de pedra simples e pouco decorada. Facilmente o mensageiro conseguiu uma audiência com o conde, apesar do fato deste estar jantando.
Era um homem alto, loiro e com certeza, poderia ser facilmente considerado atraente.
O mensageiro abriu o rolo e leu a mensagem:


Caríssimo conde Gaggiori,
Sinto muito em informá-lo que seu tio,Frederico III O Maravilhoso, acabou de falecer.
Nessas tristes circunstâncias, é meu dever desejar a família real os meus pêsames e o pesar de todo um império.
Entretanto, mesmo nesses tempos tristes, é seu dever voltar até a sede do reino, a Capital Calaza para ser discutida a sucessão do trono, e já que vossa excelência é o quarto na linha direta, sua presença é indispensável. Nota-se também que seu estimado primo Tobias pode assumir o trono. E suas irmãs perigosas são capazes de tudo.
Seu criado,
Bispo Samuel.

E na mesma hora, o conde Klaus Gaggiori mandou preparar uma carruagem. Chegou naquele mesmo dia à sede do reino. Adentrou no palácio, os guardas imediatamente abriram os imensos portões. Viu todos no jardim do castelo. Todos. As irmãs, seu primo, os nobres, os escravos. Surpreendeu-se.

- Quem está de vigília? – o conde perguntou.

- Pouco me importa agora, meu pai já faleceu. – respondeu Bernardine.

Claudine riu. Por mais que fosse inimiga da irmã, concordara com ela. As duas, por incrível que parecesse, haviam mudado de estado de ânimo na hora. Klaus foi informado então, que havia soldados reais de vigília, três ao total. Continuara, do mesmo modo, assustado com as atitudes das primas. Tobias caía no sono, roncando, pois já estava farto de todo aquele drama pastelão. Estava sofrendo bastante por seu pai, luxos para soberanos mortos iriam o piorar. Mas os nobres não o entendiam. Apenas seu primo estimado, que serviria de conselheiro.

- Mas porque vocês estão rindo? Podem me explicar!? – Gaggiori desafiou as duas irmãs na frente de inúmeros poderosos – RESPONDAM!

As irmãs continuaram com o riso cínico, mas uma voz inconstante, da misteriosa Sophia, atraiu a atenção de todos. Aquela figura intrigante, com um vestido bordado por símbolos desconhecidos, soltou uma frase desconfortante – no mínimo.

- Elas podem te explicar muito bem. Apenas não querem. Porém se quiser detalhes e motivos, fale com Minerva. A escrava. Que foi trancada no calabouço. Ou pelo menos devia estar lá.





CAP 3 – VISITA AO BARONATO


Aquela frase de Sophia havia deixado todos os nobres meio instáveis nas cadeiras. Houve um burburinho geral e a astróloga do reino soltou um sorriso, que parecia saber qual tinha sido o pensamento de cada um ali. Claudine continuou a rir e Bernardine a acompanhava, gargalhando dessa vez. Os cabelos claros quase brancos daquela figura misteriosa dançaram no forte vento que por um instante cessou. Ela apresentava um rosto cansado e um olhar pouco confiável. Seu corpo, embora fosse velha, estava enxuto. Klaus estava surpreso com tudo o que via na famosa capital do reino. Há mais de um mês quando Gaggiori deixara a capital e Frederico III ainda era vivo, tudo estava em perfeita organização. Tudo funcionava bem. Mas com a morte do rei, a desordem e o caos haviam começado a tomar conta. As princesas, como ele já sabia, eram suspeitas por todo o reino de findarem a vida do pai. Seu primo Tobias, estava cada vez mais depressivo e melancólico. Não era fácil perder um pai. E Minerva... ah sim, a bruxa! Aonde Bernardine e Claudine, que já haviam cessado o ataque de risos mas continuavam com expressões risonhas, teriam arranjado esta escrava? O Bispo lhe contara tudo sobre o envolvimento delas com bruxaria. E o reino – também – já sabia de tudo. Porém alfinetadas só saiam da boca de Sophia.

-E então? Vão abrir a boca apenas para soltar gargalhadas ou para rezar alguma prece pagã e acabar com a vida de mais alguém?

As duas ficaram sérias imediatamente. Os olhares estavam direcionados para elas. Eram suspeitas de matar o próprio pai! Seria verdade? E teriam que tomar alguma decisão para isso não cair na lábia do povo e serem expulsas da corte. Teriam que casar... com o primeiro sucessor da linhagem direta... Tobias! O irmão! Casar com o próprio irmão! Claudine poderia planejar algo menos trabalhoso que isto com rapidez, porém Bernardine teria que usar sua beleza.
Klaus cortou o pensamento dos nobres presentes ali e fez a atenção direcionar para ele novamente. Apesar de um poder oratório e de transmitir confiança a todos, seus aspectos físicos também chamavam atenção – muito mais que os do primo. Os cabelos loiros e curtos, os olhos negros, o rosto fino e bem definido com a barba por fazer e músculos que qualquer homem gostaria de ter.

-Como você dizia Sophia, soltou algo sobre a escrava Minerva. Sabemos que ela está trancada no calabouço. Aliás, todos aqui sabem.
-Todos aqui não sabem que ela fugiu de lá. Todos aqui não sabem que voltou para o seu temporário lar. Nem todos aqui sabem os mistérios que irão se revelar.
-C-co-como? – gaguejou o conde.
-Sim, foi o que eu disse.

Retornando a sanidade mental aos poucos, Klaus sentou-se. As irmãs estavam sentadas longe uma da outra, pois mantinham rivalidade. E iriam continuar assim por um bom tempo. Elas pouco se impressionavam com o que acontecia ao redor – causando certo susto aos nobres – mas ouviam tudo com enorme atenção. Flávia, a mãe delas, apoiaria a atitude das filhas. Educando as princesinhas desde cedo a serem vis e interesseiras, a tutora aplaudiria de pé e gritaria BRAVO ao ver as duas dentro de um jogo de interesse dando a pele para sair com vantagens no reino. Ela estaria ali, rindo internamente e cheia de orgulho das filhas – se não tivesse morrido de varíola. Sete anos antes, Flávia, esposa do poderoso e antes saudável Frederico O Maravilhoso, fora visitar um reino vizinho em uma de suas longas viagens que adorava fazer e acabou por contrair essa triste doença, morrendo em uma triste cama com nenhuma pessoa triste por sua morte – tirando o marido, é claro.
Finalmente, depois de alguns minutos de silêncio o conde voltara ao normal, um pouco atônito ainda, mas a rapidez de raciocínio sempre presente o favoreceu.

-E-stá bem. Segundo meus cálculos, Minerva...
-Neferet – corrigiu Sophia, para irritá-lo, dizendo o verdadeiro nome da escrava.
-Sim. Ela. Deve ter fugido para as terras do Barão Brasche. Todos sabem que lá é o lar das...-ele engoliu seco - bruxas e dos malditos.Todos sabem muito bem disso.Incluindo você, Sophia.

Sophia havia chegado ao reino há vários anos atrás, como parteira. Porém, seus médotos estranhos trouxeram desconfiança de algumas esposas de nobres, causando balburdia e rumores sobre a mesma. Mais tarde virou a nova astróloga do reino. Mas ela não se importava. Apenas sorriu.

- As terras do Barão Brasche? – indagou Bernardine, os olhos suplicando por informações. Claudine revirou os olhos.Certamente já sabia do que se tratava e abominava a ignorância da irmã. Klaus se preparava para ignorá-la, mas não pode: a beleza da moça o hipnotizava, e ele desejou tê-la com todas as suas forças.
-O Barão Brasche era filho de um barão com uma concubina, já que a esposa de seu pai não podia ter filhos. Dizem que a mulher fazia parte dos renegados e isso fez com que o atual barão contraísse uma empatia com os malditos. Portanto, em sua cidadela, ele protege todo tipo de gente que você imagina.
-E ninguém nunca fez nada para tirar os malditos de lá?
-Não, Bernardine. O Barão Brasche está lá desde os tempos de Frederico I e é muito respeitado na região. Ele guarda as bruxas com o maior carinho – Gaggiori explicou.

Claudine desdenhou:
-Dizem que ele até mesmo dorme com as bruxas - e recebeu um olhar de reprimenda de Klaus e Sophia -Não me olhem assim! Eu vou preparar os papéis, se ataca-lo é o que vocês querem mesmo. O exército deve começar a marchar imediatamente até a cidadela. O barão será obrigado a abrir as portas para os soldados reais.
-É um bom plano,- admitiu Sophia- mas não deveria achar que já és a rainha. Seria muito egoísta e estúpido de sua parte.Se bem que egoísta e estúpida, você já é.
Claudine apenas fez um muxoxo e resolveu adentrar no castelo e ir para seus aposentos. Os nobres e Sophia resolveram fazer o mesmo. No dia seguinte teriam, quem sabe, uma guerra. Só restaram no jardim Bernardine e Klaus.

Oh, como Bernardine ficava bonita na luz da lua! Os cabelos negros contrastando com a pele pálida e aquele sorriso misterioso!
-E então primo- ela disse se aproximando e sussurrando em seu ouvido- vai ficar aqui na capital por quanto tempo?
-Até que os problemas de sucessão sejam resolvidos...- e colocou as duas mãos na cintura da princesa e aproximou os lábios de sua orelha- Mas posso ficar até quando você quiser.
A princesa suspirou e tirou as mãos do conde de seu corpo.
-Você sabe, eu durmo cedo...- e bocejou cinicamente.
-Tratarei os assuntos com seu irmão rapidamente. E podemos nos encontar nos seus aposentos mais tarde...- e sorriu com a idéia.
-E o que eu ganho com isso?- ela sorriu, marotamente.
-A garantia de que seu irmão não irá lhe prejudicar. Tobias confia muito em mim. Posso convencê-lo de que eu serei o melhor conselheiro para ele.
Ela deu de ombros.
-Parece delicioso pra mim - e fez questão de destacar as sílabas de delicioso - Procure por uma ama de nome Felícia. Ela lhe levará até a mim...- e foi-se embora, deixando seu inebriante perfume para trás. Atordoando Klaus por alguns minutos. Mas logo que recobrou a consciência, foi direto procurar o primo.
---
Tobias estava em seu quarto, repousando. Klaus e o bispo Samuel tiveram de esperar alguns minutos antes de entrar.

-Olá bispo, olá primo - Tobias cumprimentou timidamente os convidados. Todos se sentaram nas poltronas da ante-sala dos aposentos do príncipe, vendo as chamas da lareira crepitarem.
-Viemos aqui para discutir a sucessão do trono de Calaza. E você deve ser o rei, pelo direito hereditário e divino. Seu primo já concordou em deixar para ti o cargo, o que nos evita batalhas sangrentas e divisão de partidários - começou o bispo.
-E minhas irmãs? Não deveriam estar aqui?
-Já vimos que elas não estão em seu juízo perfeito, meu jovem. E então, aceita o cargo de rei de toda Calaza?

O príncipe se levantou e foi até a janela observar a capital e as terras além das muralhas. Aquilo tudo seria dele, se aceitasse. Mas era tão covarde...Klaus se levantou e colocou a mão em seu ombro.
-Sei que parece difícil. Também me senti assim quando meu pai morreu e tive de me tornar conde. Vou ajudá-lo em tudo que precisar.
Tobias se virou e encarou o primo e o bispo.
-Preparem os documentos oficiais.
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Naquela noite, foi redigido um documento oficial.
Nele, Tobias I O Bondoso, era oficialmente proclamado rei e seu primo o conselheiro real.
Os papéis do reinado de seu pai deveriam permanecer nos arquivos, e o corpo do antigo monarca enterrado.
No dia seguinte, após a cerimônia oficial da coroação na capela de Calaza, as tropas do rei Tobias marchariam até a cidadela do Barão Brasche, para procurar Minerva, a escrava fugitiva.
E o palácio inteiro foi repousar para o dia seguinte... exceto Klaus e Bernardine. E também a esperta Claudine
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Com uma vela, e caminhando sorrateiramente, Claudine foi até o Arquivo Real de Calaza. Correu os dedos entre as estantes até achar o livro verde escuro e grosso. “A Grande História de Calaza: Da Emersão até o 46º ano do reinado de Frederico III”.
E na calada da noite, absorveu todas aquelas informações preciosas que lhe ajudariam a conquistar o trono. Não pela beleza.
Pela inteligência, tornaria-se a rainha.

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Klaus foi até a casa dos empregados e procurou por Felícia. Era uma ama velha e enrugada, mas que não contestou suas ordens e o levou diretamente para o quarto da princesa. Passaram por alguns corredores mas finalmente chegaram.
E lá estava ela, apenas a camisola, sentada na penteadeira, arrumando os longos cabelos.Parou imediatamente assim que viu o reflexo do conde. Sorriu, levantou-se e foi em sua direção.Ele trancou a porta.
Correu ao seu encontro, enlaçou-a pela cintura e se beijaram ardorosamente. E beijaram se de novo. E de novo. Até Gaggiori despir sua prima. O alvoroço percorria o corpo dos dois. Ela se afastou, com um sorriso malicioso. Estava completamente nua em sua frente. A cabeleira negra aveludada batia em seus seios fartos e a pele sedosa formava uma estátua de irresistível beleza. Ela soltou um risinho. Klaus, com pressa, tirou toda a sua veste. O que ela via em sua frente era um verdadeiro nobre. O corpo musculoso, bem definido e excitado resultava em uma palavra: imponência. Os seus cabelos loiros curtos combinavam com seus olhos, que refletiam nos de Bernardine. O conde avançou sobre a princesa.
E eles se entregaram a noite toda aos mundanos prazeres. Para consumarem o ato.
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Com a coroação do rei Tobias adiada(primeira coroação na história de Calaza que tomaram tal medida) para depois da marcha ao baronato, os valentes senhores e seus soldados se dirigem à cidadela de Brasche, não sabendo qual seria a reação do barão. A decisão do protetor das bruxas seria enfrentar o Exército Real ou abrir as portas de sua fortaleza para a majestade e todos os outros nobres?


Cap.4- A Batalha de Brasche e a Coroação


Mesmo caindo de sono, Claudine continuou lendo o enorme livro.Tinha certeza de que em algum lugar ela teria as respostas que queria. E teve.
Abriu um longo sorriso ao ler aquela página.Seus olhos azuis se iluminaram, da mesma maneira maligna que sua mãe Flávia.
A princesa olhou para os dois lados: ninguém estava por perto. Rasgou a página do livro e devolveu-o a estante. Correu os longos dedos pela página amarelada, carinhosamente. Aquela informação era preciosa demais.Só ela deveria tê-la. Mais ninguém. A irmã era uma imbecil, o irmão um fraco.
E ela detinha a informação: Minerva (ou Neferet, como queira) não era a única bruxa do reino.
Enquanto anda silenciosamente até seus aposentos e releu aquela parte da página:

“(...)De fato, as imigrações de renegados e exilados em Calaza começou bem cedo. Atualmente, são vulgarmente chamados de “malditos”, e ocupam terras desde a cidadela Brasche até a cidadela Garamond.
Entre os malditos, encontramos curandeiros com táticas suspeitas, mendigos leprosos, loucos e bruxas. Estas últimas vieram em menor escala, mas em número de mais de três e menos de dez. Encontrá-las é uma tarefa difícil, mas sabe-se que o Barão de Brasche abriga um coven, que significa grupo de bruxas(...)”

Abriu a porta com um pequeno rangido.Caminhou até a lareira, e a acendeu, vendo o fogo consumir as toras de madeira. Jogou o papel e o assistiu cremar.Agora, Claudine era a única não ignorante. A melhor, a mais esperta.Deu uma baixa risada maligna e foi dormir.
---
Bem cedo na manhã seguinte,o exército real de Calaza marchava em direção às terras do Barão George Brasche. Alguns estavam indignados por não estarem acompanhados do novo rei. E Tobias era mesmo um covarde por não ter ido naquela importante missão.
Logo, as longas planícies da Capital foram ficando distantes, dando lugar às montanhas do baronato.
O vilarejo era mais calmo e tranqüilo do que a capital: pequenas casinhas de madeira abrigavam a plebe, e as crianças corriam nuas. A fartura era impressionante, e não existia nenhum curandeiro por lá: doenças não afetavam a próspera cidadela.

O castelo mais parecia uma muralha de pedra: tão grande, destoando das pequenas casinhas. Era grande, mas não tanto como o castelo da Capital. A bandeira de Calaza não estava hasteada, mas sim uma bandeira com as cores do reino e um pentagrama dourado: símbolo das bruxas.
As malditas moravam dentro do castelo, como se fossem nobres!

Um dos homens se destacou da cavalaria e foi até o portão. O próprio Barão George o atendeu: era um homem velho, mas forte e sagaz.O cavalheiro real abriu o pergaminho:
-O novo rei de Calaza, Tobias I, O Bondoso, ordena que o Barão Brasche abra sua fortaleza para que possamos capturar a bruxa escrava e executá-la na Capital Calaza!
Por alguns minutos, fez-se silêncio.Os homens podiam ouvir seus próprios corações palpitando. Por fim, o barão estendeu sua espada aos céus, e ela cintilou a luz do sol. E de repente o tempo fechou. Todos ficaram espantados.

Uma chuva de flechas, atiradas por renegados das ameias do castelo atingiu os soldados, desfalcando o exército real.E então, da porta principal, saiu um exército de homens, mas eles não eram guerreiros comuns: seus olhos não tinham órbitas e uma áurea negra pairava sobre eles.
A batalha, que posteriormente entraria em todos os livros de história, foi sangrenta: homens e guerreiros do baronato foram decapitados; cavalos esmagavam os crânios dos mortos e dos vivos. As espadas brandiam no ar, e últimos suspiros foram abafados por gritos de dor. Não foi incomum ver guerreiros sem braços ou pernas.Todos lutavam enquanto ainda tinham vida.
Um mensageiro fugiu do local para trazer ao rei Tobias um relatório sobre o terrível massacre.
---
O mensageiro chegou ofegante. Os nobres estavam todos almoçando, com a exceção de Claudine, que ainda não tinha se levantado.
Mas não que alguém se importasse, muito menos Klaus Gaggiori.. Ele só tinha olhos para a estonteante mulher que era a irmã da princesa.Bernardine, com apenas uma noite, havia conquistado um homem cabeça dura. Ela era realmente mágica, e seu primo durante toda a refeição só olhou para ela. Quando seus olhos se encontravam, ela sorria, corava e desviava o olhar. Isso deixava o conde louco.

O mensageiro fez uma mesura, e todos os nobres pararam de comer. O rei, que se sentava na cabeceira, no assento mais alto, assentiu para que o homem desse sua mensagem.Ao saberem do massacre, homens ficaram apavorados, e mulheres nauseadas. No fim do recado, Tobias I, o Bondoso, ordenou:
-Diga aos homens que uma trégua deve ser feita imediatamente!Não quero que meu exército morra sem ter comparecido a minha coroação!
-Não majestade! A vitória na cidade do Barão Brasche é essencial para a derrota da bruxa Minerva! - Klaus se levantou e expressou sua opinião.
-Neferet não... Minerva!Quando vão aprender a falar corretamente?
Sophia apareceu no salão, misteriosamente e proferiu essas palavras. Gaggiori se sentia incomodado quando a mulher aparecia e fazia seus comentários irônicos.
Ignorando Sophia, Tobias prosseguiu:
-Sei disso meu caro primo, mas a vida de tantos inocentes não vale o preço da morte de uma bruxa. Mensageiro, volte até a cidade do Barão George Brasche, informe-o da trégua e mande o exército voltar.

Com uma nova mesura, o mensageiro foi embora para dar o recado do rei ao Barão e à Guarda Real. Klaus continuou contrariado com a decisão do rei, mas não podia contestá-la ou seria considerado traidor. E traidores no reino de Calaza têm destino certo: a forca.
E ele não podia morrer. Não agora que ele tinha Bernardine.
---
Quando o mensageiro propôs a trégua, o Barão não hesitou em aceitar. O exército de guerreiros de áurea negra desapareceu entre as ruelas como mágica.
O exército ficou dividido, entre aqueles que se sentiam agradecidos por terem sido poupados e aqueles que acreditavam que o rei havia dado mais uma prova da sua covardia. Mas de qualquer maneira, todos marcharam de volta para a Capital.
---

As bruxas se encontravam rindo dentro do castelo do Barão, numa grande sala negra iluminada por velas, onde havia apenas uma grande mesa. Elas eram quatro: distintas, mas semelhantes. Todas tinham o mesmo olhar sádico no rosto.

A primeira ao contar da esquerda se chamava Anala. Era uma mulher baixinha e rechonchuda, que facilmente poderia se passar por uma confeiteira, se não tivesse os mais estilosos cabelos de toda a Calaza: foi a primeira mulher do reino a adotar cabelos curtos. Se Coco Chanel a visse, poderia se matar de raiva por não ter inventado o corte.
A segunda era bem pálida, com traços orientais e abaixo de seus olhos, haviam duas bolsas roxas: olheiras de noites mal dormidas. Não porque Kdidjah não conseguia dormir: ela apenas não gostava. Era uma bruxa muito precavida, e desconfiava de tudo e de todos.
A terceira era a mais alta de todas, e seus frios olhos azuis claros congelavam a alegria de qualquer um. Mesmo seus ruivos encaracolados claros demonstravam a hostilidade de Gweneth, a bruxa de nariz empinado.
Mas nem mesmo Gweneth era páreo para Neferet. A bruxa morena, antes de cabelos mal cuidados, agora estava mais parecida com uma imperatriz da trevas: seu sorriso cínico era imbatível. De longe, a mais satisfeita com a situação.

-Realmente, formamos uma boa equipe. Agora o “reizinho” de Calaza pensará duas vezes antes de nos atacar - disse Anala.
-Eles estão cada vez mais fortes Neferet. Tens mesmo certeza de que consegue dominar essas coisas?- perguntou Gweneth, desfazendo o sorriso do rosto de Neferet.
-Claro que sim. Por acaso pensas que eu sou uma fraca?
Kdidjah revirou os olhos.Para ela não era hora de drama e “disse-me-disse”.
-Eu ainda não confio em certa pessoa. Como poderemos saber se na verdade “nosso espião” não está espiando o reino, mas sim a nós?
-Mas você é mesmo desconfiada de tudo Kdidjah! Nem parece que nós cinco fizemos um pacto de sangue, exatamente aqui!- Anala se pronunciou censurando a oriental.
Gweneth se levantou da cadeira e caminhou até a janela:
-Não censuro você por isso. Nunca se sabe. Mas,acredito que nosso enviado já deve estar retornando para a Fortaleza Brasche. Certamente, algum contra tempo na capital...
-É claro!- Neferet interrompeu a falada outra bruxa e começou a andar de um lado para o outro.- Hoje é o dia da coroação do verme! Isso certamente é um contratempo. Como eu gostaria de poder matar aqueles desgraçados de uma vez por todas!

Anala, por ser a mais rechonchuda, era exatamente aquela que sabia de cor o horário das refeições na Fortaleza.Levantou-se em um pulo:
-Teremos nossa vez.Mas agora é hora de jantar. Me dá muita fome - disse ela, levantando um boneco de pano imundo e espetado por alfinetes e agulhas e foi seguindo para a sala de refeições.
-Você sente fome quando faz qualquer coisa. Por isso está gorda.- disse Gweneth, seguindo a primeira.
Neferet se virou para Kdidijah:
-Não se preocupe. Vai dar tudo certo - e seguiu as outras.
Mas Kdidijah, era desconfiada de tudo.Ficou calada durante todo o jantar, até que ouviu uma batida na porta. O espião havia chegado?

--- --- ---

As tropas do rei Tobias – ou pelo menos o que restou delas – voltaram marchando para a capital. Alguns soldados queriam continuar a batalha, outros achavam que o acordo de paz enviado pelo imperador fora em boa hora, enquanto poucos sequer podiam pensar, pois estavam desmaiados e eram carregados por seus companheiros para mais tarde assistir à coroação oficial. Após chegar no castelo e guardar suas armas e cavalos, o Exército Real dirigiu-se ao saguão esquerdo, de onde os padres os encaminharam para diferentes lugares.Os feridos e desacordados foram para a Enfermaria Santa Maria enquanto os soldados que – por sorte – saíram ilesos retornaram à suas casas. Embora concordassem com o documento pacífico ou não, todos os guerreiros estavam exaustos. Até Klaus Gaggiori, que foi descansar em um de seus aposentos, após passar na imensa cozinha exigindo que imediatamente lhe trouxessem um bom vinho. O melhor vinho do reino era de fabricação do Baronete Raphael. Um nobre togado, que comprara seu título no reinado de Frederico III, e fazia a melhor bebida de Calaza. E era essa escolha que o conde havia feito. Tomaria um vinho desses e relaxaria, pois mais tarde participaria da coroação de seu primo, que iria acontecer na principal varanda.

Além de o império possuir as melhores bebidas do continente, o Palácio de Calaza era gigantesco e belo. Fruto de milhares de modificações de seus reis, sempre que alguém tomava o trono, faziam-lhe alguma reforma ou acrescentavam-lhe algo. No total, o castelo era composto por quarenta corredores (que eram uma espécie de labirinto – ou atalho), trinta e um aposentos (aonde abrigavam a maioria dos nobres), nove saguões, seis torres, quatro varandas, três portões de entrada e saída, um jardim, uma enfermaria, uma capela e futuramente, próxima da capelinha: a igreja de Calaza e outras inúmeras dependências.
Os corredores sempre se multiplicavam. Como o palácio era grande e precisavam ter acesso a vários locais, os monarcas cada vez mais exigiam a construção de passagens que facilitassem a chegada nos lugares. Ou dificultassem. Sim. Como tudo em excesso faz mal, grande parte do palácio virou um imenso labirinto.
Já os aposentos também iam aumentando cada vez mais, porém com menos velocidade. A maioria da corte calaziana se abrigava nos quartos imensos e luxuosos. Porém mais imenso ainda era a demanda de empregados que arrumavam os quartos.
Os saguões eram de grande utilidade e beleza. E era rara a construção de um. Serviam para almoços, cerimônias de beija-mão, reuniões de assuntos importantes entre nobres, local de encontro para tomarem decisões, bailes, festas e uma infinidade de coisas.
As torres teriam uma frase que as definiria: ambição de alcançar o céu. Cada vez uma mais alta que a outra, eram pontos de observação e ataque. Raramente ficavam ocupadas, pois as longas escadarias para chegar até ao topo fatigavam qualquer um. Eram usadas apenas quando necessitadas.
As varandas no total eram quatro. Uma atrás do palácio que dava para um imenso abismo, duas nos aposentos da Família Real e a ultima, a varanda principal que dava para o maravilhoso jardim. Jardim este que rodeava quase todo o castelo. Com belas e centenárias arvores, banquinhos de pedra e passarinhos e borboleta a cantar, a corte se encontrava ali para a realização de saraus, passeio de nobres jovens e a caça de alguns veados ou carneiros.
Os três portões de entrada – e saída – eram bem distribuídos. Havia dois conhecidos, um na lateral e outro na frente. O que era à direita, servia como entrada de mensageiros vindo de lugares distantes, pois era mais acessível, e também quando tropas marchavam para outros reinos. Não era muito usado. O da frente era o mais usado. Qualquer pessoa que devia entrar no palácio passava pela aprovação dos guardas reais e para sair os vigias apenas abriam os portões. Dezenas de pessoas passavam por ali diariamente por diversos motivos, por inúmeras situações. O ultimo, era ligado diretamente no precipício. A passagem secreta que poucos sabiam que existia. Depois de abrir o pequenino portão, a pessoa deveria descer uma pequena e perigosa escada de feita de pedra e entrar em uma espécie de caverna para dar início à caminhada no castelo.
A Enfermaria Santa Maria cuidava de todos os necessitados do reino. Os padres e freiras ajudavam a plebe – como queriam – e a aos nobres – até aonde não podiam. O auxilio médico para a época era considerado excelente. Aos humildes camponeses e trabalhadores que não eram tratados, restava rezar e pedir uma ajuda divina. Na capelinha. Por fora era uma construção realmente agradável de se ver. Por dentro mais ainda. Querubins e arcanjos ornamentavam o templo e deixavam o teto e as paredes cobertos de ouro em pó e repleto de vitrais ainda mais divino.

--- ---
A coroação finalmente aconteceu. Tobias estava com uma enorme roupa pomposa. A roupa que apenas era usada em cerimônias especiais. Todos os nobres estavam reunidos lá em baixo, esperando o primo Klaus para coroar o novo rei.
As duas irmãs Bernardine e Claudine estavam em uma das cadeiras principais do jardim para os mais importantes da corte calaziana, olhando para a varanda. As duas estavam separadas. As duas ainda eram inimigas. As duas eram vingativas. Elas prometem para seus egos que ainda iriam acabar uma com a vida da outra. Murmuravam algumas palavras quando Sophia chegou para desconcentra-las. A astróloga sentou junta a elas. Em uma cadeira vazia que estava entre as duas. Ficou mexendo em seus admiráveis cabelos brancos.

-Céus! Ontem estava frio, não é Bernardine?
-Sim, Sophia. Estava. – a jovem respondeu não querendo conversar com ela.
-Mas graças a Deus, você conseguiu dormir sem os cobertores, nua e ainda não teve frio algum... isso é impressionante!

Como aquela mulher podia saber da noite passada? Isso era impossível! As portas estavam trancadas! As cortinas fechadas! Os aposentos dela ficavam longe do da princesa! E... Bernardine achava que ela e Klaus não haviam feito muito barulho. Ela estava assustada, aquilo era um segredo. Que ninguém poderia saber!

- Dormir nua, sem cobertores? – ela repetiu o que Sophia havia dito, se fazendo de desentendida. Em suas meras concepções de inteligência, achava que repetir o que a pessoa havia dito, adiantaria algo.
-Sim. Isso mesmo querida. Será fruto da bruxaria ou será algo mais quente do que dançar em um ritual?
-Olhe! Tobias e Klaus estão na varanda! A coroação vai começar! – Bernardine disse querendo logo mudar de assunto. Sua pele estava mais pálida do que o normal. Estava sem argumento nenhum.

A coroação ocorreu muito bem.O novo rei estava de vez no poder.Claudine sequer havia ouvido a troca de palavras entre Sophia e sua irmã. As duas fizeram questão de serem bem discretas – por mais que a princesa mais velha não conseguisse disfarçar sua surpresa com as indiretas da astróloga. Tudo estava perfeito. Fora o sumiço do Bispo Samuel, representante do alto clero em Calaza, que realmente iria coroar Tobias. Ninguém havia visto ele. Onde estaria?


Nome do Poder: Parto dos Sete Demônios
Descrição: por conta dos rituais de feitiçaria praticados com a sacerdotisa Minerva, Bernardine adquiriu o poder de parir os sete filhos capitais:
Asmodeus - Luxúria
Belzebu - Gula
Mammon - Ganância
Belphegor - Preguiça
Azazel - Ira
Leviatã - Inveja
Lúcifer - Orgulho
Estes sete demônios tem cada um suas características e seus modos de agir.Há demônios que ela ainda não consegue parir.Eles serão apresentados conforme ela os pari e só voltam para ela quando esta, farta de os sustentar para atacarem, os retorna ao corpo.
Fraqueza: Ela quando dá a luz, fica totalmente vulnerável e muito fraca e só pode parir um de cada vez, de modo que não pode botar em luta vários filhos.Os demônios retornam quando sua força para sustentá-los acaba, não pode ficar a eternidade os controlando e após sua força acabar, desmaia.

Dinheiro: Inicial 100 dólares

Inventário: Inicial um canivete
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MensagemAssunto: Re: [APROVADA]Ficha de Bernardine   [APROVADA]Ficha de Bernardine Icon_minitimeQui Set 30, 2010 10:46 pm

Aprovada
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